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VASCO DA GAMA

 

Navegador português responsável pela descoberta do caminho marítimo para a Índia.
Filho de Estêvão da Gama, ainda tentou uma carreira eclesiástica, chegando a receber a tonsura clerical em 1480. Respeitado como navegador experiente, por ter participado em diversas operações navais nas costas de Portugal e de Marrocos, e por ter sido encarregado por D. João II de várias missões no mar, foi o homem escolhido por D. Manuel I para comandar a armada que viria a estabelecer o caminho marítimo para a Índia. A possibilidade de seguir esta  rota  marítima  tinha  já  sido antevista, após

Bartolomeu Dias, na sua viagem de 1486, ter ultrapassado o cabo da Boa Esperança.

D. João II, aliás, tinha dado ao pai de Vasco da Gama o comando de uma frota, para uma viagem com a mesma intenção, que não chegou a realizar-se. A expedição de Vasco da Gama foi então cuidadosamente preparada e, no dia 8 de Julho de 1497, partiu do Restelo, composta por um navio de transporte (que deveria ser destruído no caminho), a caravela Bérrio e as naus São Gabriel e São Rafael, ambas construídas expressamente para esta viagem.

 

Vasco da Gama seguiu na expedição comandando a nau São Gabriel, enquanto o seu irmão mais velho, Paulo da Gama, comandava a nau São Rafael. A tripulação era constituída por cerca de 170 homens, dos quais apenas um terço regressaria a Portugal.

Vasco da Gama acumulava funções de capitão-mor da expedição e funções diplomáticas, já que era portador de cartas de D. Manuel para o samorim de Calecute, com quem o monarca pretendia estabelecer as primeiras relações na Índia.

Depois de algumas paragens e de seis tentativas frustradas para passar o cabo da Boa Esperança, a expedição chegou finalmente a Moçambique em Março de 1498, e aí recuperou forças.

 

A paragem seguinte, em Melinde, permitiu ao chefe da expedição contratar um piloto local, que, em Maio de 1498, conduziu a armada a Calecute, um dos grandes empórios comerciais do Oriente e o objectivo final da viagem.

 

Aí chegado em Maio de 1498, Vasco da Gama não pôde, porém, levar a cabo as suas missões, já que os mercadores muçulmanos lhe levantaram diversos obstáculos, impedindo o estabelecimento de relações diplomáticas e comerciais estáveis. Não possuindo meios militares para se impor, o navegador iniciou, nesse mesmo ano, uma atribulada viagem de regresso,  que  resultou  na   perda    de

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

grande parte da tripulação (devido ao escorbuto) e da nau São Rafael.

O seu próprio irmão, doente, morreu ao chegarem à ilha Terceira, em Julho de 1499.

Só em finais de Agosto de 1499 desembarcou em Lisboa, tendo sido recebido por D. Manuel com vários privilégios e mercês honoríficas pelos serviços prestados ao reino, que incluíam o título nobiliárquico de Dom (extensível a irmãos e descendentes), a permissão de trazer da Índia mercadorias até determinado valor, podendo negociá-las no reino sem pagar os encargos e direitos normalmente aplicados, e uma renda anual de 30 000 cruzados.

 

Partiu novamente para a Índia em 1502, acompanhado por uma armada de 15 naus e com o objectivo de assegurar o domínio definitivo das águas do Malabar. Tornou tributário o rei de Quíloa, castigou o rei de Calecute, pelos entraves antes colocados por este, assinou alianças com os reis de Cochim e Cananor, conseguindo, antes do seu regresso, em 1504, assegurar o domínio isolado dos portugueses no oceano Índico.

 

Novos privilégios o aguardavam à sua chegada a Lisboa. D. Manuel tornou-o conde da Vidigueira e D. João III nomeou-o vice-rei da Índia, com amplos poderes sobre aquele território. A sua última viagem para a Índia teve início nos princípios de 1524, com o objectivo de pôr cobro às desordens que comprometiam a presença portuguesa. Em pouco tempo, colocou em ordem os oficiais corruptos que tomavam conta do território. Acabou por morrer no dia 25 de Dezembro de 1524, em Cochim, vítima de uma grave doença. O seu corpo, inicialmente sepultado na capela-mor desta localidade, foi mais tarde trasladado para a Vidigueira.

 

 

 

História para os mais novos:

 

Vasco da Gama

 

Sabias que ele foi uma das figuras mais importantes da nossa História? E sabes porquê? Se ainda não sabes, nós vamos dar-te uma ajudinha!

 

Vasco da Gama nasceu em 1468, provavelmente na cidade de Sines (não se tem bem a certeza porque naquela época não se registavam as coisas como hoje). Foi este navegador português que, em 1497-98, descobriu o Caminho Marítimo para a Índia, ou seja, como lá chegar por mar. Até então, o caminho habitual para os europeus era por terra, o que demorava muito tempo...

 

A Índia tinha especiarias, que er m de novo e assim ganharem muito dinheiro. Quanto mais barato se comprasse, menos se gastava e podia-se vender na mesma ao preço habitual, por isso esta descoberta era muito importante! Evitavam-se assim os intermediários, que vendiam as mercadorias sempre um pouco mais caras do que as tinham comprado, claro!

 

No dia 8 de Julho de 1497, por ordem do rei D. Manuel I, Vasco da Gama partiu do Restelo, em Lisboa, com 170 homens e quatro barcos para tentar chegar à Índia por mar. O mais complicado foi passar no Cabo da Boa Esperança, no extremo (sul) da África do Sul, onde há sempre muitas tempestades.

 

O que lhe valeu foi que o navegador Bartolomeu Dias já o tinha conseguido dobrar em 1488, e assim os marinheiros de Vasco da Gama já não tiveram tanto medo, pois já sabiam os segredos do Cabo.

 

Sabias que antes de Bartolomeu Dias o ter dobrado, o Cabo da Boa Esperança se chamava Cabo das Tormentas? É que não havia navio nenhum que ali não naufragasse!

 

Em Maio de 1498, chegou a Calecute (na Índia) com a caravela Bérrio e as naus São Gabriel (comandada por ele) e São Rafael (comandada pelo irmão, que se chamava Paulo da Gama). Quando voltou a Lisboa, em Agosto de 1499, foi recebido por D. Manuel I com muitos elogios e alguns "prémios" pelo bom serviço que tinha prestado ao reino. Um desses "prémios" foi poder passar a ser chamado de "Dom", um título que o rei só dava aos senhores mais importantes do reino.

Vasco da Gama ainda fez mais duas viagens por mar até à Índia. Uma em 1502 e outra em 1524. Quando regressou da viagem de 1502, em 1504, foi novamente recebido muito bem e ganhou os títulos de conde da Vidigueira e de vice-rei da Índia.

 

Morreu pouco depois da sua última viagem, no dia 25 de Dezembro de 1524, em Cochim, na Índia, devido a uma doença muito grave.

in http://www.junior.te.pt

 

 

 

Publicado por

Joaquim Matias da Silva

 

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