Camilo Castelo Branco
Fernando Pessoa
José Saramago
Sttau Monteiro
Outros
Outros Autores
 

UM AUTO DE GIL VICENTE - Leitura metódica

 

 

 

 

Ato l


1. Justifique a escolha do espaço Sintra.


2. Comente a simbologia dos elementos que caracterizam o espaço, recorrendo, se necessário, a um Dicionário de Simbologia.

 

3. Observe o movimento da personagem que primeiro entra em cena - Pêro Safio.

    3.1. Mostre que o seu percurso é o de um "actor" que prepara "um papel" na peça de Gil Vicente.

    3. 2. Sublinhe os elementos que remetem para a construção do plano teatral da obra.


4. Por sua vez, Bernardim Ribeiro e Paula Vicente anunciam a intriga amorosa (cenas II e III).
    4.1. Justifique.
    4.2. Aponte os elementos textuais que caracterizam fisicamente Bernardim Ribeiro.
    4.3. Faça a caracterização psicológica desta personagem.
    4.4. Evidencie as linhas do conflito amoroso que o invade.
 

5. Após reler a cena III, diga que relação se estabelece entre Pêro Safio e Bernardim Ribeiro.
    5.1. Indique a função de Pêro Safio.
    5.2. Mostre que Bernardim se destaca como personagem principal.
    5.3. Diga que "papel" cabe a Bernardim na peça Cortes de Júpiter.
    5.4. Indique o valor simbólico do anel que uma moura deverá entregar à Infanta D. Beatriz.
     5.5. Pelas palavras de Pêro Safio, conclua do agrado/desagrado da presença dos italianos em Sintra.
      5.6. Mostre que, através do diálogo Bernardim/Pêro Safio, se encontram ligadas entre si as diversas linhas de intriga.
       5.7. Verifique que Pêro Safio é uma personagem claramente vicentina: no nome, na linguagem, nas atitudes.
       5.8. Analise a linguagem de uma das falas de Bernardim, tendo em conta o seu carácter poético.
 

6. Na cena IV, saliente os elementos textuais que definem as linhas gerais da relação entre embaixadores estrangeiros e "actores" portugueses.
        6.l. Defina essa vertente do drama.
       6.2. Justifique o motivo da sua inclusão na peça, tendo em conta o momento político-social referenciado.
        6.3. Identifique jogos de palavras e respectiva função cómica.


7. Comente a visão apresentada por Chatel acerca do teatro português (cena V).
        7.1. Indique a função desta personagem.
        7.2. Caracterize a relação Chatel/Pêro Safio.
        7.3. Sublinhe as palavras com que ambos se referem a D. Manuel.
        7.4.Comente-as, integrando-as no contexto político-sodal da época.
        7.5. Identifique momentos de ironia.
 

8. Da leitura das cenas VI-VIII, ponha em evidência:
        8.1. A caracterização de D. Manuel, tendo em conta elementos textuais.
        8.2. A relação D Manuel/D. Beatriz.
        8.3. O estado emocional de D. Beatriz.
        8.4. A relação D. Beatriz/Paula.
        8.5. A função do Bispo de Targa.
        8.6. A evolução da personagem Paula.
        8.7. O emprego da frase curta e concisa nas falas de Paula.
        8.8. O tom dominante nas falas de D. Manuel.
 

9. Num comentário às palavras de D. Manuel, analise o conflito entre a sua função de rei e a de pai.


10. A saudade, associada ao momento de partida, é tema recorrente ao longo da literatura.
        10.1. Evidencie esta temática na cena VI.
 

11. Saudade, amor, morte (simbólica) convergem em D. Beatriz.
        11.1. Mostre que esta associação segue na linha de uma tradição que começa na Idade Média, com os poetas trovadorescos.
        11.2. Justifique a presença destes mesmos elementos temáticos em Almeida Garrett.
 

12. Faça o levantamento de todos os elementos que permitem caracterizar Portugal no tempo de D. Manuel.
        12.1. Redija um texto-síntese.
 

13. Comente: "...para mim ninguém compõe trovas que tão bem me saibam como o nosso Gil Vicente nos seus Autos - que são meu único refrigério e distracção de tantos cuidados e trabalhos" (5.ª fala de D. Manuel).
 

 

Ato II


1. Caracterize o ambiente do acto II.


2. Comente as palavras de Paula, logo no início: "Comédia, comédia! Tudo é representar e fingir nesta vida de corte".


3. Refira a função do "bilhete" trazido por um "pajenzito mourisco" na atmosfera do drama.
        3.1. Diga que estado emocional vem desencadear em Paula.
        3.1.1. Aponte marcas formais justificativas.
 

4. Indique o "papel" de Paula na Peça "Cortes de Júpiter".
        4.1. Estabeleça o paralelismo entre o "papel" que aqui representa e o que desempenha na intriga amorosa.
 

5. Comente a relação Paula - Gil Vicente.
 

6. Procure desnudar um aspecto importante do drama, indicando a razão do desejo de Bernardim - fazer o papel da moura Tais.
 

7. Justifique a reacção de Gil Vicente perante as palavras inesperadas de Bernardim.
 

8. Indique também as reacções de D. Manuel e de D. Beatriz.
 

9. Comente o aparte de Chatel, com que termina o acto II.
 

Ato III


1. O acto III decorre na "recâmara do
Galeão Santa Catarina".
         1.1. Seleccione os elementos textuais que indiciam o desfecho da acção.
         1.2. Refira a simbologia da cor presente na descrição do espaço.
         1.3. Tendo em conta o desenvolvimento da acção, comente a relação que se estabelece entre a caracterização do espaço no acto I e a deste último.
 

2. Verifique a função das personagens figurantes, apoiando-se em elementos textuais.
 

3. Ponha em evidência as marcas formais que, na cena XI, revelam o conflito de Paula Vicente.
          3.1. Expresse, com clareza, esse conflito, mostrando a transformação (evolução) da personagem.
 

4. Através das falas de Bernardim Ribeiro, caracterize o conceito de amor expresso.
          4.1.Estabeleça um confronto entre aquele conceito de amor e o tema do amor em Petrarca.
          4.1.1. Justifique com elementos do texto.
 

5. Integrada no momento da acção, comente a fala de Paula: "Nossa é a desonra e a morte".
 

6. Mostre como o desmaio de D. Beatriz, na penúltima cena, segue a linha de caracterização desta personagem.
 

7. Analise o tema do remorso em D. Manuel, tendo em conta o social e o individual.
 

8. Estabeleça a relação entre a passagem do tempo e a construção dos três actos.
 

9. Comente a seguinte afirmação: "Qualquer que seja a perspectiva, teatro é sempre espectáculo e, logo, um facto social".
 

10. Saliente marcas românticas ao longo da obra, procurando enquadrá-la numa tradição que vai da tragicomédia vicentina ao drama romântico.
 

 

III. ATIVIDADES EXTRALETIVAS


Pesquisa


* Procure, num Dicionário de Literatura, os artigos: Petrarquismo e Dantismo; Romantismo.
* Organize, num texto pequeno mas claramente redigido, as ideias fundamentais relativas a cada um desses artigos.

* Tendo em conta a interdisciplinaridade com a disciplina de História, investigue a Época de D. Manuel l.
* Faça uma pesquisa etnográfica sobre Sintra.
• Prepare uma visita de estudo a locais referendados no texto.
 

(in  Um Auto de Gil Vicente , de Almeida Garrett - Leitura crítica e Sugestões didácticas de Manuel dos Santos Rodrigues e Maria Leonor Sardinha)

 

Publicado por

Joaquim Matias da Silva

 

Voltar

Início da página

 

© Joaquim Matias 2009

 

 

 

 Páginas visitadas