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FELIZMENTE HÁ LUAR! - Personagens

 

D. Miguel Pereira Forjaz

 

É ele que incumbe Vicente de espionar a casa do primo (p. 38).


Prepotente, cruel, exerce o poder de forma violenta e incorrecta (p. 60).


Impassível, sem quaisquer escrúpulos, foge às regras mais elementares da Justiça (p. 65).


Recorre à corrupção para “comprar” a denúncia (p.65).


Absolutista convicto, pretende viver numa sociedade estratificada (p. 69), onde o clero e a nobreza seriam os exploradores e o povo viveria feliz com a sua ignorância e a sua pobreza.


Receia  o  jacobismo,  os  ideais  da   Revolução

Francesa, defendendo acaloradamente a distinção de classes e acreditando num determinismo de ordem social (p. 69).

 

Sabe manipular as situações e as pessoas, servindo-se, por exemplo, da religião para emocionar o povo (p.73).

 

É um falso cristão (p.117).


A sua frieza e crueldade afloram à tona da água, com mais premência na célebre frase por si proferida, a qual vai dar título ao livro (p.131).

 

Protótipo do pequeno tirano, inseguro e prepotente, avesso ao progresso, insensível à injustiça e à miséria, num discurso que radica numa lógica oca e demagógica, vai construindo verdades falsas em que talvez acabe mesmo por acreditar.

 

Ser execrável, equivalente, neste aspecto, ao Principal Sousa, os argumentos por si invocados de "ardor patriótico", da construção de "um Portugal próspero e feliz, com um povo simples, bom e confiante, que viva lavrando e defendendo a terra, com os olhos postos no Senhor" (p. 69), são o eco fiel do discurso político dos anos 60.


É o representante da Nobreza.

Joaquim Matias da Silva

 

Saiba, aqui, quem foi, na verdade, D. Miguel Pereira Forjaz.

 

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© Joaquim Matias 2008

 

 

 

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