É ele que incumbe Vicente de
espionar a casa do primo (p. 38).
Prepotente, cruel, exerce o poder de forma violenta e
incorrecta (p. 60).
Impassível, sem quaisquer escrúpulos, foge às regras
mais elementares da Justiça (p. 65).
Recorre à corrupção para “comprar” a denúncia (p.65).
Absolutista convicto, pretende viver numa sociedade
estratificada (p. 69), onde o clero e a nobreza seriam
os exploradores e o povo viveria feliz com a sua
ignorância e a sua pobreza.
Receia o jacobismo, os ideais
da Revolução
Francesa, defendendo acaloradamente a distinção de
classes e acreditando num determinismo de ordem social
(p. 69).
Sabe manipular as situações e as pessoas, servindo-se,
por exemplo, da religião para emocionar o povo (p.73).
É um falso cristão (p.117).
A sua frieza e crueldade afloram à tona da água, com
mais premência na célebre frase por si proferida, a qual
vai dar título ao livro (p.131).
Protótipo do pequeno tirano,
inseguro e prepotente, avesso ao progresso, insensível à
injustiça e à miséria, num discurso que radica numa
lógica oca e demagógica, vai construindo verdades falsas
em que talvez acabe mesmo por acreditar.
Ser execrável, equivalente,
neste aspecto, ao Principal Sousa, os argumentos por si
invocados de "ardor patriótico", da construção de "um
Portugal próspero e feliz, com um povo simples, bom e
confiante, que viva lavrando e defendendo a terra, com
os olhos postos no Senhor" (p. 69), são o eco fiel do
discurso político dos anos 60.
É o representante da Nobreza.
Joaquim Matias da Silva
Saiba,
aqui, quem foi, na
verdade, D. Miguel Pereira Forjaz.