Nasce na aldeia ribatejana
de Azinhaga, concelho de Golegã, no seio de uma
família pobre. O registo oficial menciona como
data de nascimento 18 e não 16 de Novembro.
A razão para a discrepância de dois dias é a
habitual: o registo foi feito fora do prazo
legal e, para não pagarem a multa, os pais
alteraram a data.
O menino estava destinado
a ser "José de Sousa", como o pai, já que a mãe,
Maria da Piedade, não possuía nenhum apelido que
pudesse deixar de herança ao filho. Porém, por
motivos nunca esclarecidos, o funcionário do
registo civil enganou-se e acrescentou a alcunha
"Saramago" (designação de uma variedade de ervas
daninhas), por que era conhecida a família,
ao nome do pequeno José. E assim ficou José de Sousa Saramago.
Os seus avós maternos,
Josefa da Conceição e Jerónimo Melrinho, assim
como os pais, Maria da Piedade e José de Sousa,
irão ser uma referência para Saramago.
Avós maternos
de Saramago
Pais
de Saramago
1924
Saramago com a
mãe, junto à porta da casa térrea onde nasceu,
na Azinhaga.
Ainda não tinha 3
anos de idade, quando os seus pais partem para
Lisboa, em busca de uma vida melhor. O pai
ingressara na Polícia de Segurança Pública, mas
as dificuldades económicas mantêm-se. Pouco
depois, o seu único irmão, Francisco, dois anos
mais velho, morreu, vítima de uma
broncopneumonia.
Embora
tivessem sido numerosas, e às vezes até
prolongadas, as suas estadas na aldeia natal, é
na capital portuguesa que passa boa parte da sua
vida.
Estudos
Com efeito, é em Lisboa
que, em 1929, inicia os seus estudos primários,
matriculando-se, depois, no Liceu Gil Vicente.
Vem-lhe dessa altura o gosto pela leitura: sem
acesso a livros, passava a pente fino as páginas
do "Diário de Notícias".
Desde cedo demonstra gosto
pelos estudos, mas aos doze anos, por problemas
económicos, e para garantir o seu sustento, o
menino José Saramago vê-se obrigado a
transferir-se para uma escola técnica, a Escola
Industrial Afonso Domingues, com o único intuito
de tirar um curso que lhe propiciasse a entrada
imediata no mundo do trabalho.
José Saramago
aos 6, 8 e 10 anos de idade.
1939
Conclui o curso de
Serralharia Mecânica e, logo de seguida, começa
a trabalhar como serralheiro mecânico nos
Hospitais Civis de Lisboa.
Caderneta do
aluno - Saramago era um aluno mediano, obtendo
no Curso de Serralharia Mecânica a média de 11
valores.
Impossibilitado de
ingressar na universidade, devido a dificuldades
de ordem económica, Saramago procura, por meio
da leitura, melhorar a sua formação intelectual.
Aos 18 anos era um frequentador assíduo,
nocturno, da Biblioteca Municipal Central do
Palácio das Galveias. É aí que lê um pouco de
tudo, estuda e inicia o seu contacto com a
literatura.
Biblioteca
Municipal Central do Palácio das Galveias,
Lisboa.
1942
Aos 18 anos,
quando ainda era serralheiro mecânico e ganhava
cerca de 8$00 por dia.
Tendo sido apreciada e
reconhecida a sua capacidade de autodidactismo,
é transferido para os
serviços administrativos dos Hospitais Civis de
Lisboa e, no ano seguinte, passa a trabalhar na
Caixa de Abono de Família da Indústria da
Cerâmica.
1944
Casa com a pintora Ilda
Reis, de quem se divorciará em 1970.
1.º casamento
de José Saramago.
1947
Nasce a filha Violante e
nesse mesmo ano, afirmando-se como um caso
paradigmático de escritor autodidacta, Saramago
publica a primeira novela, Terra do Pecado.
Havia-lhe Saramago atribuído outro título - A
Viúva -, mas o editor propôs "Terra do
Pecado" e assim ficou. Naturalmente o livro
passou despercebido e foi esquecido. O próprio
autor retirou-o da sua bibliografia e só em 1997
ele voltará a ser lembrado.
Na praia com a
mulher Ilda e a filha Violante: foto de 1950.
1949
Escreve outra novela,
Clarabóia, que permanece inédita. O
manuscrito, entregue a uma editora para
apreciação, por lá ficou perdido e só em 1990
reapareceu. Depois desta experiência negativa,
Saramago interrompe a escrita, que só retomará
19 anos depois da publicação de Terra do
Pecado. Saramago atribui todo esse tempo de
silêncio literário (de 1947 até 1966) ao
facto de não ter o que dizer.
Ainda no ano de 1949, por
ter apoiado a campanha de Norton de Matos à
Presidência da República, perde o emprego na
caixa de Abono de Família da Indústria da
Cerâmica.
1950
Neste ano conseguiu
ingressar na Caixa de Previdência da Companhia
Indústrias Metálicas Previdente, onde
permanecerá até 1959.
1955
Começa a colaborar com a
Editorial Estúdios Cor.
1959
(Envereda
pela literatura)
Passa a dedicar-se exclusivamente à
literatura, quando assume o lugar de Nataniel Costa como editor literário na
Editorial Estúdios Cor. Aí trabalhará em
exclusivo até 1971, ou seja, durante 12 anos,
exercendo funções de direcção literária e de
produção.
1966
Troca a prosa pela poesia
e edita o seu primeiro livro de poesia -
Os Poemas Possíveis.
Daí em diante a escrita
tornou-se uma actividade permanente.
1968
(Inicia a
actividade jornalística e dá-se a adesão ao Partido
Comunista)
Inicia a actividade
jornalística, ingressando no "Diário de
Notícias" e publicando textos de crítica
literária na revista "Seara Nova". Em 1972
e1973 fez parte da redacção do Jornal "Diário de
Lisboa" onde foi comentador político, tendo
também coordenado, durante alguns meses, o
"Suplemento Literário" daquele vespertino. Colaborou também
com a revista Arquitectura (1974) e pertenceu à
primeira Direcção da Associação Portuguesa de
Escritores. Entretanto,
em 1969, aderiu ao Partido Comunista Português,
ao qual permaneceu fiel até hoje. No entanto, em
1988 foi um dos subscritores do "documento da
terceira via".
A partir de 1975
Após o 25 de Abril
chegou a trabalhar no Ministério da
Comunicação Social, como assessor. Também
nessa altura coordenou uma equipa
de dinamização cultural no Fundo de Apoio
aos organismos Juvenis (FAOJ).
Entre Abril e Novembro de 1975
regressa ao "Diário de Notícias", como
director-adjunto.
Em 25 de Novembro desse ano, porém, os
militares portugueses intervêm
na publicação, em reacção ao que
consideravam ser os excessos da
Revolução dos Cravos, demitindo
vários funcionários, entre eles
Saramago, o qual resolve, então, dedicar-se
apenas à literatura,
substituindo de vez o jornalismo
pelo ficcionismo: “(...) Estava
a espera de que as pedras do
puzzle do destino – supondo-se
que haja destino, não creio que
haja – se organizassem. É
preciso que cada um de nós ponha
a sua própria pedra, e a que eu
pus foi esta: ' Não vou procurar
trabalho ', disse Saramago em
entrevista à revista Playboy, em
1988.
Desde 1976 passa, então,
a viver exclusivamente do seu trabalho
literário, procurando subsistir fazendo
traduções - note-se que em 30 anos (entre 1955 e
1985) traduz 47 livros, como se pode confirmar
nesta
lista de obras traduzidas
por Saramago.
1971-77
Da experiência vivida nos
jornais, restaram quatro
crónicas: Deste Mundo e do
Outro (1971); A Bagagem do
Viajante (1973); As opiniões que
o DL teve (1974); e Os
Apontamentos (1976). Porém, não
foram
as crónicas, nem os contos, nem
a poesia, nem tão-pouco
o teatro os responsáveis por
fazer de Saramago um dos autores
portugueses de maior destaque -
cabe esse papel aos seus
romances, género a que retorna
em 1977.
1977- 80
Três décadas depois de publicado
Terra do Pecado, Saramago
volta ao mundo da prosa
ficcional com Manual de Pintura
e Caligrafia. Mas, ainda não foi
aí que o autor definiu o seu
estilo. As marcas
características do estilo saramaguiano só apareceriam com
Levantado do Chão (1980),
livro no qual o autor retrata a vida de
privações da população pobre do Alentejo,
resultado da sua convivência, durante alguns meses de
1976, com os trabalhadores da União
Cooperativa de Produção Boa Esperança, em Lavre,
Montemor-o-Novo.
1982
Publica Memorial do
Convento, livro que conquista
definitivamente a atenção de
leitores e críticos. Nele,
Saramago mistura fatos reais com
personagens inventados: o rei D.
João V e Bartolomeu de Gusmão,
com a misteriosa D. Blimunda e o
operário Baltazar, por exemplo.
1980-91
De 1980 a 1991, o autor traz a
lume mais quatro romances que
continuam a remeter para factos da realidade
material, mas problematizando a
interpretação da "história"
oficial: O Ano da Morte de
Ricardo Reis (1984) - obra
cuja acção gira em torno das
andanças do heterónimo de
Fernando Pessoa por Lisboa; A
Jangada de Pedra (1986) -
metáfora da Península Ibérica que se solta do
resto da Europa e navega pelo
Atlântico; História do Cerco de
Lisboa (1989) - onde um revisor
é tentado a introduzir um "não"
no texto histórico que corrige,
mudando-lhe o sentido; e O
Evangelho Segundo Jesus Cristo
(1991) - romance em que os livros sagrados
são reescritos sob a óptica de
um Cristo humanizado,
constituindo-se como a sua obra mais
controversa e mais incómoda para os sectores
mais tradicionais da sociedade portuguesa.
1985-1994
Foi presidente da
Assembleia Geral da Sociedade Portuguesa de
Autores (SPA).
1988
Casamento de José
Saramago com a jornalista e tradutora espanhola María del Pilar del
Río Sánchez.
Casa-se
com a jornalista e tradutora espanhola María del Pilar del
Río Sánchez, que conheceu em
1986, ao lado da qual continua a viver, em
Lanzarote, nas Ilhas Canárias, desde 1992, ano
em que, relembre-se, no seguimento da polémica com a
publicação do seu livro O
Evangelho Segundo Jesus Cristo, a sua candidatura ao
Prémio Literário Europeu foi vetada pelo
então Subsecretário de Estado da Cultura, Sousa Lara.
A Academia Sueca atribuiu-lhe o Prémio
Nobel de Literatura.
A 3 de Dezembro desse
ano, o Presidente da República, Jorge
Sampaio, concedeu-lhe, a título excepcional,
o Grande Colar da Ordem de Santiago da
Espada, distinção reservada tradicionalmente
a chefes de estado.
A 10 de
Dezembro de 1998, José Saramago recebe, no
Stockholm Concert Hall, o Prémio Nobel da
Literatura, das mãos do rei Gustavo XVI da
Suécia.
1995-2005
Saem do prelo mais
seis romances, com os quais
Saramago inicia
uma nova fase da sua escrita, em que os enredos
já não se desenrolam em locais
ou épocas determinados e em que
as
personagens dos anais da
história primam, agora, pela ausência,
enveredando, antes, o escritor, de forma mais investigativa,
pelos caminhos da sociedade contemporânea: Ensaio
Sobre a Cegueira (1995); Todos
os Nomes (1997); A Caverna
(2001); O Homem Duplicado
(2002); Ensaio Sobre a Lucidez
(2004); e As Intermitências da
Morte (2005).
Depois de
2005
Vai construindo a sua
obra literária (veja, aqui, a
lista completa
das suas obras) e ganhando projecção,
nacional e internacional, acumulando prémios
e homenagens (consulte, aqui, a lista desses prémios e
homenagens).
JMS
Saramago é conhecido por utilizar frases e períodos
compridos, usando a pontuação de uma maneira não convencional. Os diálogos das
personagens são inseridos nos próprios parágrafos que os
antecedem, de forma que não existem travessões nos seus
livros: este tipo de marcação das falas propicia uma
forte sensação de fluxo de consciência, a ponto do
leitor chegar a confundir-se se um certo diálogo foi
real ou apenas um pensamento. Muitas das suas
"sentenças" ocupam mais de uma página, usando vírgulas
onde a maioria dos escritores usaria pontos finais. Da
mesma forma, muitos dos seus parágrafos ocupariam
capítulos inteiros de outros autores. Apesar disso o seu
estilo não torna a leitura mais difícil, os seus
leitores habituam-se facilmente ao seu ritmo próprio.
Estas características tornam o estilo de Saramago único
na literatura contemporânea. Por isso, é considerado por muitos
críticos um mestre no tratamento da língua portuguesa.
Em 2003, o crítico norte-americano Harold Bloom, no seu
livro Genius: A Mosaic of One Hundred Exemplary Creative
Minds ("Génio: um mosaico de cem mentes criativas
exemplares"), considerou José Saramago "o mais talentoso
romancista vivo no mundo actual" (tradução livre de
the
most gifted novelist alive in the world today),
referindo-se a ele como "o Mestre". Declarou ainda que
Saramago é "um dos últimos titãs de um género literário
que se está desvanecendo".
(in Wikipédia)
José Saramago é Doutor «Honoris
Causa» pelas Universidades de Turim (Itália), Sevilha
(Espanha), de Manchester (Reino Unido), de Castilla-La
Mancha (Espanha), de Brasília (Brasil), de Évora
(Portugal), de Rio Grande do Sul (Brasil), de Minas
Gerais (Brasil), de Las Palmas de Gran Canaria
(Espanha), Politécnica de Valência (Espanha), Fluminense
(Brasil), de Nottingham (Reino Unido), de Santa Catarina
(Brasil), Michel de Montaigne – Bordéus (França), de
Massachussets, Dartmouth (Estados Unidos da América), de
Salamanca (Espanha), de Santiago (Chile), de la
República del Uruguay (Uruguai), de Roma Tre (Itália),
de Granada (Espanha), Carlos III (Espanha), Universitá
per Stranieri di Siena (Itália), de Alberta (Canadá),
Autónoma do Estado de México Toluca (México), de Tabasco
(México), de Buenos Aires (Argentina), Charles-de-Gaulle
– Lille 3 (França), de Alicante (Espanha), de Coimbra
(Portugal), Autónoma de Madrid (Espanha), de El Salvador
(São Salvador), Nacional (Heredia - Costa Rica), de
Estocolmo (Suécia), Nacional de Irlanda (Dublin). Total:
35
É ainda, Membro «Honoris Causa» do
Conselho do Instituto de Filosofia do Direito e de
Estudos Histórico-Políticos da Universidade de Pisa
(Itália); Membro correspondente da Academia Argentina de
Letras; Membro do Patronato de Honra da Fundação César
Manrique, Lanzarote (Canárias); Membro da Academia
Europeia de Yuste (Espanha); «Beca de Honor» da
Residência de Estudantes da Universidade Carlos III
(Espanha); Sócio Honorário da Academia de Ciências de
Lisboa; Membro da Academia Internacional de Humanismo (Amherst,
Estados Unidos da América); Membro Honorário do
Instituto Caro Y Cuervo, de Bogotá (Colômbia); Membro
titular da Academia Europeia das Ciências, das Artes e
das Letras, de Paris (França); Membro do Conselho do
Futuro (UNESCO), Paris; Membro da Academia da Latinidade;
Membro da Academia do Mediterrâneo; Sócio Honorário da
Associação Provincial de Sevilha de Amizade com o Povo
Sahauri (Espanha); Professor Coordenador Honorário do
Instituto Politécnico de Leiria (Portugal); Presidente
Honorário de Son Latinos (Espanha); Presidente Honorário
da Fundación Alonso Quijano (Málaga); Académico
Honorário da Academia Canaria de la Lengua (Canárias);
Presidente Honorário da Fundação Centro José Saramago (Castril
– Espanha); Membro do Comité de Honor da Fundação Rafael
Alberti; Membro do Conselho Supremo das Academias de
Colômbia; Membro Honorário do Centro Nacional de Cultura
(Lisboa); Membro Honorário do Conselho Consultivo do
Brussels Tribunal.
Além de inúmeras intervenções no
seu próprio país, participou em congressos, seminários,
colóquios e outras manifestações de similar natureza nos
seguintes países e lugares: Alemanha
- Aachen, Bad Homburg, Berlim, Bona, Colónia, Dortmund,
Duisburgo, Frankfurt, Furth, Hamburgo, Leipzig,
Leverkusen, Munique, Offenbach, Weimar, Wolfenbütel; Andorra
- Andorra la Vieja; Angola
- Luanda; Argentina
- Buenos Aires, Rosario, San Isidro; Áustria
- Salzburgo; Bélgica
- Antuérpia, Bruxelas; Brasil
- Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Florianópolis,
Niterói, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador, Santos,
São Paulo; Cabo Verde
- Cidade da Praia, Mindelo; Canadá
- Edmonton, Otawa, Toronto; Chile
- Santiago; China
- Beijing, Macau; Costa Rica
- Heredia, San Jose; Cuba
- La Habana; Colômbia
- Bogotá; El Salvador
- San Salvador; Equador
- Quito, Guayaquil; Espanha
- Adeje, Albacete, Alicante, Ávila, Badajoz, Baeza,
Barcelona, Bilbau, Brieva, Cádiz, Cáceres, Córdova,
Corunha, Cuacos de Yuste, El Escorial, Ferrol, Gandía,
Gerona, Granada, Huelva, La Laguna, Las Palmas, Madrid,
Málaga, Maó, Mollina, Múrcia, Orellana la Vieja, Ourense,
Oviedo, Palma de Mallorca, Parla, Pontevedra, Pote, Pozo
de Tío Raimundo, Puerto de la Cruz, Puerto de Santa
María, Salamanca, San Sebastian, Segóvia, Sevilha,
Sitges, Sória, Valência, Vigo, Vitória; Estados Unidos da
América - Amherst,
Boston, Cambridge, Dartmouth, Irvine, Los Angeles,
Newark, New Bedford, New Haven, New York, Providence,
Santa Barbara, Washington; França
- Aix-en-Provence, Arles, Bordéus, Clermont-Ferrand,
Estrasburgo, Grenoble, Lille, Montmorillon, Montpellier,
Paris, Poitiers, Villiers-sur-Marne; Grécia
- Atenas, Delos, Mikonos, Patras, Tinos; Guatemala
- La Antígua; Hungria
- Budapeste; Irlanda
- Dublin; Islândia
- Reykjavik; Itália
- Alba, Bérgamo, Bolonha, Catânia, Chieti, Ferrara,
Florença, Génova, Lecce, Mântua, Milão, Nápoles, Pádua,
Palermo, Parma, Penne, Perúgia, Pescara, Pessione di
Chieri, Pisa, Pontedera, Roma, Siena, Taormina, Trieste,
Turim, Varese, Veneza, Viterbo, Zafferana; México
- Cidade de México, Guadalajara, Morelia, San Cristobal
de las Casas, Toluca, Monterrey; Moçambique
- Maputo; Noruega
- Oslo; Palestina
- Ramala; Holanda
- Amsterdão; Peru
- Lima; Reino Unido
– Bristol, Edimburgo, Londres, Manchester, Northampton;
República Checa
– Praga; República Dominicana
– Santo Domingo; Rússia
– Moscovo; Suécia
– Estocolmo, Gotemburgo, Upsala; Suíça
– Genebra, Zurique; Timor Lorosae
– Dili; Uruguai
– Montevideu; Uzbequistão
– Samarcanda, Tashkent; Venezuela
– Caracas.