Interesseiro, este capitão
assevera que "Com 800$00 por ano, nunca mais punha os
pés no regimento..." (p. 45).
Cena de Felizmente
Há Luar! -
TEP (2005)
Pertencendo também ele ao grupo dos delatores,
descortinamos, porém, nesta personagem um pingo de
dignidade ao preocupar-se com aquilo que os outros
poderão pensar de si (p. 47);
Tentado, porém, pelo dinheiro e
pelo seu colega Andrade Corvo, trai ou abdica dos ideais, para servir
obscuros "propósitos patrióticos".
D. Miguel Forjaz, não
deixa, contudo, de criticar o seu
"patriotismo", visando-o directa, irónica e causticamente,
ao afirmar que
"Os 'patriotas' raras vezes andam sozinhos... Defendem-se
sempre, andando em grupo, tal é o conhecimento que têm
de si mesmos..." (p. 48).
Acaba por servir como testemunha contra o general (p.
48).
Representa, como Andrade
Corvo, os homens sem escrúpulos e é um fiel
retrato dos “bufos” (pides) da década de 60 do séc. XX
(ditadura salazarista).