Movimento militar desencadeado
também pelo infante D. Miguel, comandante-chefe do
exército, em 30 de Abril de 1924, contra o regime
liberal. Na noite desse dia, os miguelistas, partidários
do absolutismo, prenderam os membros do governo e
anunciaram ao país que pretendiam aniquilar, de vez, os
liberais. O poder caiu na rua, tendo Lisboa vivido dias
de balbúrdia e terror.
D. João VI, com o apoio e
pressionado pelos diplomatas estrangeiros acreditados em
Portugal, exigiu a comparência de D. Miguel. Este só se
apresentou junto do rei, que entretanto se refugiara num
barco inglês fundeado no rio Tejo, passados alguns dias.
Foi, então, D. Miguel desautorizado por D. João VI, que
o exonerou das funções de comandante-chefe do exército,
destituiu-o dos outros cargos que ocupava, vendo-se D.
Miguel obrigado a partir para o exílio em 13 de Junho
desse mesmo ano.