Camilo Castelo Branco
Fernando Pessoa
José Saramago
Sttau Monteiro
Outros
José Saramago
 

MEMORIAL DO CONVENTO - Sequências narrativas

 

Capítulo

SEQUÊNCIAS NARRATIVAS Págs.

XVII

 

* Blimunda fica a viver em Mafra, em casa do velho, agora já viúvo, João Francisco, pai de Baltasar, onde moram também o casal Inês Antónia e Álvaro Diogo e o filho, respetivamente a irmã, o cunhado e o sobrinho de Baltasar (página 216).

 

* O sobrinho de Baltasar, com 12 anos, trabalha nas obras do convento.

 

* A construção do convento arrasta-se – "sete anos há que andam nisto" (pág. 213).

 

* Baltasar visita a "Ilha da Madeira", local dos estaleiros, dos estábulos dos animais e de alojamento dos trabalhadores do convento.

 

 

* Descrição da vida precária nas barracas de madeira, sem as mínimas condições de higiene - "Havia oficina de ferreiros (...), mais tarde se juntarão as dos latoeiros, dos vidraceiros, dos pintores, e quantas mais. Muitas das casas de madeira tinham sobrados, em baixo acomodavam-se as bestas e os bois, em cima as pessoas de muita ou alguma distinção (...), o chão empapava-se de urina e de excrementos" (página 219).

 

* Baltasar integra-se na legião de trabalhadores. Começa a trabalhar nos carros de mão – "Podes vir trabalhar na segunda-feira (...) vais para os carros de mão" (pág. 219).

 

* Através de uma prolepse, o narrador refere-se às invasões francesas, quando Junot entra em Mafra (página 220).

 

* A nova Mafra: muitos milhares de pessoas; milhares de soldados; centenas de habitações e dezenas de barracas, cada uma delas albergando duzentos homens (!...); casas de pasto; barracões, com dormitórios e refeitórios, onde a acomodação das pessoas à mesa, cada um com o seu igual, numa verdadeira discriminação social (página 221).

 

* Em mais uma prolepse, o narrador refere-se à presença do homem na lua (página 223).

 

* As notícias de um terramoto em Lisboa suscitam, por parte do narrador, uma crítica à religiosidade bacoca das pessoas (página 226).

 

* Num dia santo, Baltasar e Blimunda vão ver o que resta da passarola, em Monte Junto – "Em um dia santo, parado o trabalho na obra, fez Baltasar uma jornada e foi ao Monte Junto ver a máquina de voar" (pág. 228).

 

* Domenico Scarlatti vai visitar as obras do convento e anuncia a Baltasar e Blimunda a morte do padre Bartolomeu – "Vim-te dizer, e a Baltasar, que o padre Bartolomeu de Gusmão morreu em Toledo, que é em Espanha, para onde tinha fugido, dizem que louco (...). Diz-se que foi no dia dezanove de novembro, por sinal que nessa data houve em Lisboa uma grande tempestade, se o padre Bartolomeu de Gusmão fosse santo, seria um sinal do céu, Que é ser santo, senhor Escarlate, Que é ser santo, Blimunda" (pág. 231).

JMS

 

 

215-231

 

Escrito e publicado por

Joaquim Matias da Silva

Voltar

 

© Joaquim Matias 2008/2014

 

 

 

 Páginas visitadas